Atletas da Seleção Brasileira de remo abrem mão dos Jogos Olímpicos para ajudar vítimas das enchentes no RS

  • 22/05/2024
O sonho dos remadores gaúchos Evaldo e Piedro de disputar a primeira Olimpíada ficou em segundo plano em meio aos resgates das vítimas e o trabalho voluntário que não para na sede do Grêmio Náutico União. Atletas da seleção brasileira de remo abandonam sonho de disputar as Olimpíadas para ajudar as vítimas da enchente no RS Os atletas da Seleção Brasileira de remo abandonaram o sonho de participar dos Jogos Olímpicos para ajudar vítimas da enchente no Rio Grande do Sul. As águas que tanto deram a eles são as mesmas que destruíram parte de uma história. Os remadores da Seleção brasileira Evaldo Becker e Piedro Tuchtenhagen formam uma dupla campeã brasileira e sul-americana. Os dois estavam treinando em Porto Alegre quando a enchente começou. Piedro já tinha sido resgatado de casa nas cheias de novembro de 2023. Ele era morador das Ilhas de Porto Alegre, que ficam às margens do Guaíba. "Perdemos fogão, geladeira, cama, sofá, guarda-roupa, essas coisas. Só quem luta, assim, para conquistar as coisas sabe o valor que elas têm", relata ele. Desta vez, o Evaldo foi atingido e precisou resgatar a própria filha, de seis anos de idade, que vive com a mãe na Zona Norte da capital. "Com água na cintura e carregando ela nas costas. Ela ficou bem nervosa, não tinha transporte, não tinha como sair", conta. O sonho dos remadores gaúchos Piedro e Evaldo de disputar a primeira Olimpíada ficou em segundo plano em meio aos resgates e o trabalho voluntário que não para no Grêmio Náutico União. Para eles, o mais urgente agora é ajudar o próprio povo a se reconstruir. Enquanto carregavam doações, iniciava, na Suíça, o Pré-Olímpico de Remo, a última chance da dupla conquistar vaga para os jogos de Paris, no mês de julho. "Não dá para a gente deixar tudo que a gente está vendo aqui e simplesmente ir lá, sabe? Olimpíada, tudo bem, tem de quatro em quatro anos", comenta Piedro. "Pensei, como é que eu vou sair daqui, deixar minha filha em um abrigo? Nosso barco é aqui agora. Nosso barco é aqui e a gente não vai parar enquanto tudo não estiver bem", acrescenta Evaldo. Com o nível do Guaíba mais baixo, os remadores voltaram à sede náutica do clube para tentar salvar o que sobrou das embarcações. O prejuízo na garagem que tinha mais de 100 barcos é de pelo menos R$ 5 milhões. Piedro: "Esse era o nosso barco de treino, olha o estado que ele está." Evaldo: "Aí bate um sofrimento agora de ver isso aí. Acho que qualquer remador que olhe esse barco assim de competição desse nível, ver assim... dói o coração." O recomeço do Evaldo e do Piedro nas águas vai depender do trabalho em terra firme. E com eles o Rio Grande do Sul sabe que pode contar. "O que aconteceu aqui vai ficar marcado no coração de todo mundo que vivenciou", diz Evaldo. "Quero está aqui para ajudar, quero está aqui para servir o meu povo, o meu Estado", complementa Piedro. LEIA TAMBÉM Inmet diz que Rio Grande do Sul tem previsão de temporais entre quarta e quinta-feira Leptospirose no RS: Secretaria da Saúde confirma 29 casos e 2 mortes pela doença após enchentes Nível do Guaíba cai abaixo de 4 metros pela 1ª vez em 19 dias

FONTE: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2024/05/22/atletas-da-selecao-brasileira-de-remo-abrem-mao-dos-jogos-olimpicos-para-ajudar-vitimas-das-enchentes-no-rs.ghtml


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